Mostrando postagens com marcador language. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador language. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de março de 2015

Testes de Tradução Obrigatórios São uma Admissão de Total Incompetência de um Certo Tipo de Agência de Tradução


Original post from Patenttranslator's Blog
 
 
Translated with permission by Livia F. Worgan

Testes de Tradução Obrigatórios São uma Admissão de Total Incompetência de um Certo Tipo de Agência de Tradução

Por que será que algumas agências de tradução têm que enviar testes de tradução obrigatórios a tradutores para determinar se estes devem ser inclusos em sua lista definitiva de "linguistas" (uma palavra que precisa ser mais analisada em outro post com respeito à maneira que está sendo usada por agências de tradução), baseando-se no resultado de uma avaliação deste?
 
E por que será que outras agências de tradução não precisam enviar testes?
 
Eu também sou uma agência de tradução, de uma certa maneira, de qualquer forma, eis que eu também mando trabalho para outros tradutores, normalmente em línguas que eu mesmo não traduzo. Mas não preciso perturbar prováveis adições à minha lista definitiva de grandes talentos com nenhum fétido teste de tradução.
 
Existem duas principais razões pelas quais eu nunca fiz tal coisa e nunca irei fazer.
 
1. Como um humanista, eu creio que isto seja errado... mais que errado... maldoso, forçar pessoas a trabalhar sem remuneração. Visando findar este mal, uma longa e sangrenta guerra ocorreu nos Estados Unidos da América entre 1861 e 1865 na qual milhares de pessoas morreram e milhões mais ficaram feridas.
 
E, incidentalmente, o lado pró-escravidão perdeu.
 
2. Mesmo se eu fosse somente outro possível dono de escravos que teve o infortúnio de nascer no século errado, e ainda existe uma boa quantidade destes entre nós em qualquer país, o fato é que eu sou capaz de avaliar eu mesmo um provável tradutor sem forçar este a trabalhar de graça num teste de tradução somente para me agradar.
 
Se uma agência de tradução é capaz de determinar a aceitabilidade de um tradutor para uma certa língua sem precisar pedir um teste gratuito de tradução isso de fato te diz se as pessoas trabalhando nesta agência sabem o que estão fazendo, ou se estão geralmente sem qualquer ideia sobre o produto e serviço que estão vendendo, chamado de tradução. (Claro, eu não tenho algo contra testes de tradução pagos, e quando me pedem para fazer um teste, minha resposta é que estarei contente em fazê-lo sob minha tarifa normal.)
 
Normalmente eu posso dizer se vale experimentar um tradutor em um trabalho real, mesmo se ariscado em algumas ocasiões, ou se ele ou ela são provavelmente farsas, simplesmente vendo a carta de apresentação e a descrição da educação e experiência do tradutor. Por saber ler em várias línguas, tudo que preciso fazer, então, é pedir uma amostra de uma tradução passada para avaliar tal amostra. Mesmo se for em uma língua que eu mesmo não saiba, eu consigo entender o suficiente do texto fonte para conseguir equipará-lo à tradução em Inglês porque normalmente conheço uma língua relacionada.
 
Por exemplo, posso comparar textos Chineses com o texto em Inglês e consultar termos técnicos em Chinês e seus equivalentes em Inglês na tradução em inglês na Internet porque eu traduzo do Japonês, eu posso fazer o mesmo com o Holandês porque eu traduzo do Alemão, em Italiano porque eu traduzo do Francês, etc. E já que traduzo patentes por mais de 30 anos, eu posso geralmente discernir se um possível tradutor de patente é propenso a ter afinidade por este campo particular mesmo antes de lhe enviar um trabalho.
 
Os iguais se reconhecem.
 
Eu também posso revisar traduções de patente com bastante competência..., porque é isso que venho fazendo por quase três décadas.
 
Porém, coordenadores maus que trabalham em agências de tradução que alegam ser especializados em tradução de/para todas as línguas e em todas as áreas geralmente não têm absolutamente qualquer ideia se a tradução que eles receberam de um tradutor novo é boa. É por isso que eles tentam restringir suas apostas, pedindo a possíveis tradutores que em primeiro lugar façam testes. O problema é que os coordenadores que estão avaliando estes testes não são qualificados para avaliar estes porque geralmente não conhecem a língua de origem ou a final da tradução, e frequentemente não entendem o assunto também.
 
Se a tradução-teste estiver próxima do que quer que seja que o coordenador irá usar para comparar, deve ser uma boa tradução. Se não for tão próxima, deve ser uma má tradução.
 
Mas se a tradução na qual o coordenador depende é problemática, o coordenador não terá ideia sobre os problemas, e poderá ser impossível e frequentemente contraproducente tentar explicar para ele onde os problemas estão. De qualquer forma, eles receberam a amostra de seus chefes e seus chefes não cometem erros.
 
É também, claro, bastante possível que se sua tradução for melhor do que quer que seja o que o coordenador esteja usando, sua tradução será considerada defeituosa, apesar de ser o contrário.
 
Existem alguns coordenadores que não conhecem a língua em questão, mas por serem inteligentes e ter bastante experiência, eles podem instintivamente discernir entre um bom tradutor e um mau tradutor mesmo sem ter que depender de seus conhecimentos de línguas estrangeiras.
 
Algumas pessoas são inteligentes, e aprendem coisas que precisam saber sobre tradução, mesmo se têm a desvantagem de somente saberem uma língua, por substituição de suas outras habilidades que possam ter, do mesmo jeito que os cegos usam seus sentidos superiores de audição e olfato.
 
Mas as pessoas inteligentes normalmente não ficam com agências corporativas de tradução porque..., elas sempre pagam muito pouco para os que fazem o verdadeiro trabalho, estes sendo os tradutores e os coordenadores. Se eles gostam de seu trabalho e são bons nele, eles normalmente saem depois de algum tempo e começam seus próprios pequenos negócios.
 
Aí está. Se você não liga de ser um escravo o qual não tem qualquer escolha a não ser trabalhar para pessoas incompetentes, certamente, faça os testes todas as vezes que lhes peçam por um.
 
Mas se você dá valor ao seu trabalho e ao seu tempo, meu conselho seria que você ofereça uma amostra de seu trabalho ao invés disso.
 
Sua oferta poderá ser rejeitada, mas o certo é que, se uma agência de tradução sequer é competente o suficiente para manusear uma amostra de seu trabalho, você quer mesmo trabalhar para eles?

sexta-feira, 6 de junho de 2014

I translated Bill number 7168/2014! / Traduzi o Projeto de Lei número 7168/2014!

Me before the translation. Eu antes da tradução.


Ok, this bill is not exciting at all. What was exciting to me was that I managed to translate  the whole thing into English (which was nearly 15k words long) in about 3 days. My husband helped a lot, especially with proofreading - I don't think I'd have been able to finish that whole thing by myself within such a short deadline. It was very tiring. Here is a sample of it:

Está bem, esse projeto de lei não é excitante ao mínimo.  O que foi excitante para mim foi que consegui traduzir ele todo para o Inglês (que tinha quase 15k palavras) em mais ou menos 3 dias. Meu esposo ajudou muito, especialmente com o proofreading; acho que não iria conseguir terminar tudo sozinha com um prazo tão curto.  Nos cansou muito. Aqui está uma amostra:


Projeto de Lei número 7168/2014
Estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a Administração Pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e altera as Leis no 8.429, de 2 de junho de 1992, e no 9.790, de 23 de março de 1999.
(...)
Art. 9° No início de cada ano civil, a Administração Pública fará publicar, nos meios oficiais de divulgação, os valores aprovados na lei orçamentária anual vigente para execução de programas e ações do plano plurianual em vigor, que poderão ser executados por meio de parcerias previstas nesta Lei.
Art. 10. A Administração Pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das parcerias celebradas, em ordem alfabética, pelo nome da organização da sociedade civil, por prazo não inferior a 5 (cinco) anos, contado da apreciação da prestação de contas final da parceria.
(...)
Bill number 7168/2014
It establishes the legal regime of the voluntary partnerships, involving or not financial resource transference, between the Public Administration and civil society organizations, in a regime of mutual cooperation, for the fulfillment of public interest purposes; it defines guidelines for the fostering and collaboration policies with civil society organizations; it institutes the term of collaboration and the term of fostering; and it alters Law number 8.429, from the 2nd of June, 1992, and Law number 9.790, from the 23rd of March, 1999.
(...)
Article 9. At the beginning of each calendar year, the Public Administration shall publish, in official means of dissemination, the costs approved in the annual budget law for implementation of programs and actions of the multiannual plan in force, which may be performed by means of partnerships provided for in this Law.
Article 10. The Public Administration must maintain, in its official website on the internet, the list of partnerships concluded, in alphabetical order, by the name of the civil society organization, for a period not less than 5 (five) years, counted from the final submission of the partnership's accounts.
(...) 



Me after the translation. Eu depois da tradução.



This was done for a translation agency on behalf of the Government (who for some reason needed it translated into English!). I don't know if they'll ask someone else to proofread it again, but I can't help thinking that a random proofreader will do things such as bringing the word "celebrate" back. While it may be understandable to say someone celebrated a contract with the Public Administration, that word is mostly used in English as a fancier synonym for partying or rejoicing, and I wanted to find a more straightforward translation. Oh well, we can't control what agencies do with our work...

Isso foi feito para uma agência de traduções que estava trabalhando para o Governo (que por alguma razão precisava disso em inglês!). Eu não sei se pedirão para alguém fazer o proofreading  de novo, mas aposto que tal pessoa iria colocar a palavra "celebrate" de volta. Apesar de ser inteligivel dizer que alguém celebrará um contrato com a Administração Pública (em inglês), essa palavra é normalmente usada como sinônimo para festa ou alegria e eu queria achar uma tradução mais direta. Bem, não podemos controlar o que as agências fazem com nossos trabalhos...


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sexta-feira Figurativa / Figurative Friday

A light purse is a heavy curse
Life is rather difficult when you don't have enough money.
A vida é bem difícil quando você não tem dinheiro suficiente.
Tradução aproximada: Uma bolsa leve é uma maldição pesada.


"A List"
This refers to prominent and influential people who comprise the most desirable guests at a social gathering. It is also commonly used in the media, to describe the "top rank" of celebrities.
Isso se refere às pessoas com influência e destaque que se incluem nos convidados mais desejáveis em reuniões sociais. Também é muito usado na mídia para descrever as celebridades mais proeminentes.
Tradução aproximada: "Lista A"


A little bird told me
When someone would rather not say where they got some information from, they can say that a little bird told them.

I bet it didn't look anything like this!
Quando alguém prefere não dizer onde obtiveram alguma informação, dizem que um pequeno passarinho lhes informou.
Tradução aproximada: um pequeno pássaro/passarinho me disse.


A long row to hoe

This means a difficult task that takes a long time.
Isso significa uma tarefa difícil que demora muito.
Tradução aproximada: Uma longa fileira para arar.

A lost ball in the high weeds (mainly American)
Someone who does not know what they are doing, where they are or how to do something. This expression may come from the sport of baseball.

Pessoas que não sabe o que estão fazendo, onde estão fazendo, ou como estão fazendo algo. Essa expressão deve ter vindo do esporte denominado baseball.
Tradução aproximada: uma bola perdida em mato alto.

A lot on my plate
This describes a situation when you are very busy and have commitments.

Esta é uma situação na qual você está muito ocupado e tem muitos compromissos.
Tradução aproximada: muito no meu prato / bastante no meu prato.
   
A month of Sundays
A long period of time.

Um longo período de tempo.
Tradução aproximada: um mês de domingos.

A-OK
Means things are absolutely fine.

Significa que as coisas estão absolutamente bem.
Tradução aproximada: um ok. 

A stitch in time saves nine
This means that if a problem is attended to soon enough, it prevents a more serious problem from occurring in future. The literal meaning is that if you put one stitch in a piece of clothing or fabric when it starts to tear, you will not have to use nine stitches to repair the large rip that occurs soon after, due to taking too long to fix the smaller one. 
Isso significa que se providencias forem tomadas para resolver um problema a tempo, um problema mais sério será previnido no futuro. O significado literal é que se você coloca um ponto em um pedaço de pano ou roupa quando começa a a rasgar, não terá que dar nove pontos para arrumar o grande rasgo que aparecerá em breve, por ter demorado demais para consertar o rasgo pequeno.
Tradução aproximada: um ponto a tempo poupa nove.


A little learning is a dangerous thing
A small amount of knowledge can result in people thinking they are more expert than they really are. This phrase, which is often misquoted as "A little knowledge is a dangerous thing", originally comes from Alexander Pope's poem "An Essay on Criticism"; the original poem makes clear the corollary, that if limited knowledge leads to foolish overconfidence when it "intoxicates the brain", the gaining of more complete knowledge puts things back in proportion:


A little Learning is a dang'rous Thing;
Drink deep, or taste not the Pierian Spring:
There shallow Draughts intoxicate the Brain,
And drinking largely sobers us again.
 
(Um pequeno aprendizado é uma coisa perigosa;
Beba fundo, ou não prove da Nascente de Pieria:
Lá rasos goles intoxicam o cérebro,
E bebendo grandemente nos torna sóbrios de novo.)

Uma pequena quantidade de conhecimento pode resultar em pessoas pensando que são mais sabidas do que realmente são. Essa frase, que é frequentemente citada erroneamente como "um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa", originalmente veio de "An Essay on Criticism" por Alexander Pope; o poema original faz transparente o corolário que ensina que conhecimento limitado leva a confiança exagerada e tola quando "intoxica o cérebro", e o ganho de conhecimento mais completo coloca as coisas de volta à devida proporção.
Tradução aproximada: Um pequeno aprendizado é uma coisa perigosa.
The Pierian Spring was a metaphorical source of knowledge, especially of the arts and sciences.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Palavra "Dear" nas Cartas em Inglês / The Word "Dear" in English Letters

A informação que segue pode causar considerável confusão às pessoas que não são falantes nativas do inglês:

Dear Mr Smith,

We note that despite three prior written requests, you have still not paid the sum of £2531.53 owing to us as detailed in our invoice of 2/6/2007. Failure to pay this sum in full within 7 days will result in us consulting our legal representatives with a view to taking action against you for the recovery of the sum owing. [Payment details etc follow]


O escritor da carta tinha uma afeição secreta pelo Mr. Smith, apesar da dívida com sua empresa, como o uso da palavra "Dear" no começo desta parece sugerir? Nem tanto.

É simplesmente uma convensão padrão quando os falantes de inglês nativos começam a maioria dos tipos de cartas com a palavra "Dear" seguida do nome da pessoa. Nesse caso, a palavra "Dear" (querido, prezado, caro) indica respeito pela pessoa para qual está escrevendo, e não indica afeição como a palavra equivalente em Português (querido). É usada na maioria dos tipos de cartas - cartas para membros da família, amigos, esposos, mas também em cartas formais, de negócios, e até em comunicação com o governo ou o cobrador de impostos!


Somente nos extremos do espectro da formalidade pode haver variações dessa regra. Cartas inamistosas (como cartas de reclamação) podem começar com "Sir/Madam (Senhor/Madame) ou simplesmente com o nome da pessoa, como "Mr Smith", sem o "Dear" (apesar de que é normalmente usado até em correspondencias hostis nos quais o nome do recipiente é usado, como no exemplo acima). Além disso, cartas muito informais para pessoas que você conhece bem tais como amigos próximos, familiares, etc., podem começar dizendo "Hi" (Oi) [e depois o nome da pessoa ou seu apelido]. 

Outra estruturação de frase que é eventualmente usada para cartas de negocios ou cartas mandadas, por exemplo, para um departamento do governo, é a que endereça o recipiente pelo seu cargo, como "Chefe de Planejamento", ou "o Gerente". Entretanto, essa forma não é considerada ideal quando endereçando à pessoa para qual está escrevendo - pode parecer rude, e é geralmente mais apropriado como cabeçalho do endereçamento, quando a posição da pessoa é sabida, mas não seu nome.

Inglês Americano Versus Inglês Britânico

Há também algumas variações entre o inglês americano e britânico. No inglês britânico, a saudação "Dear" é tipicamente usada quando o nome da pessoa não é conhecido ou não usada pelo escritor, mesmo quando múltiplas pessoas serão contactadas. No inglês americano, recipientes múltiplos não nomeados podem, em cartas formais, ser endereçados como "Gentlemen", "Ladies", ou "Ladies and Gentlemen", dependendo do gênero, omitindo o "Dear". Qualquer desses tipos de saudação serão geralmente entendidos, mas de maneira geral você deve usar a construção que o recipiente da carta provavelmente preferirá, quando conhecido.

Quando o recipiente da carta não é conhecido pelo escritor, a carta também pode ser iniciada com  "to whom it may concern" (a quem possa interessar). Deve haver cuidado com o uso desta construção, contudo, eis que pode ser percebido como formal ao ponto da hostilidade, especialmente em inglês britânico (no inglês americano ele é no momento o mais padrão, e por isso é uma forma menos problemática). Certamente não é apropriado usá-lo onde o nome OU o gênero do recipiente são conhecidos pelo escritor, ou quando você está tentando estabelecer uma relação mais próxima com o recipiente.

Nos locais onde o uso varia, pode esperar-se geralmente que países de nativos de inglês fora da América prefiram a maneira britânica, e esta será certamente entendida nestes. Por isso, quando na dúvida, será provavelmente mais seguro usar a forma britânica preferencial da saudação quando correspondendo-se por carta com pessoas da África do Sul, Austrália, o Canadá, etc.

É também importante observar esta diferença no uso de pontuação entre o inglês americano e britânico. No inglês americano prefere-se os dois pontos depois da saudação e o nome do recipiente, e considera-se largamente que seja errado usar qualquer outra espécie da pontuação. O inglês britânico prefere uma vírgula, e está ficando cada vez mais comum não usar qualquer pontuação (assim chamada "open punctuation"). Uma carta típica, por isso, poderia começar assim:


Inglês americano

Dear Mr Smith:

Further to your recent communication...

Caro Sr. Smith:

Com a relação à sua comunicação recente...

Inglês britânico 


Dear Mr Smith,

Further to your recent communication...

Caro Sr. Smith,

Com a relação à sua comunicação recente...

Exemplos de uso

Aqui estão alguns exemplos de como a saudação "Dear" pode ser apropriadamente usada (ou não) com vários tipos da carta.

Carta formal a John Smith, usando sobrenome:


Dear Mr Smith,

We thank you for subscribing to our magazine... 

Caro Sr. Smith,

Agradecemos-lhe por assinar na nossa revista...

Carta ligeiramente menos formal, dos empregadores de John Smith, usando o nome o qual ele lhes é conhecido pessoalmente:

Dear John,

We have calculated your travel expenses owing for this month, and will credit them to your account...

Caro John,

Calculamos as suas despesas de viagem devidas para este mês, e as creditaremos à sua conta...

Carta informal a John Smith de seu irmão, que lhe está escrevendo do exterior:

Dear John,

I hope you're well!  So many things have happened on my travels since I last wrote, I hardly know where to begin...

Caro John,

Espero que você seja bem! Tantas coisas deram com as minhas viagens desde que escrevi da última vez, nem sei onde começar...

Cartão postal muito informal a John Smith de sua irmã, que está de férias ("Dear" é omisso devido à informalidade):


Hi John, just a short note to tell you about the great time we're having....


Oi John, somente uma nota curta para dizer-lhe do grande tempo estamos tendo....

Carta formal a John Smith que usa o seu título profissional:


Dear Doctor Smith,


We are writing to confirm your place at the National Medical conference on August 21st...

 
Caro Doutor Smith,

Estamos escrevendo confirmar o seu lugar na conferência Médica Nacional no dia 21 de Agosto...

Carta formal a John Smith escrito com um assunto hostil ou indiferente, por isso omitindo a saudação"Dear":


Sir / Doctor Smith,


I am writing to protest at the outrageous treatment I received recently at the hands of your employee, the nurse Jane Jones...

 
Senhor / Doutor Smith,


Estou escrevendo protestar contra o tratamento ultrajante que recebi recentemente nas mãos da sua empregada, enfermeira Jane Jones...

Carta formal a John Smith que não usa o seu nome ou sexo:


Dear Sir/Madam / Dear Sir or Madam,

We have been informed that a lost racing pigeon which we are currently looking after is registered to your address, and we are hoping that you are the owner of this bird...


Prezado Senhor/Senhora / Prezado Senhor ou Senhora,

Fomos informados que um pombo de corrida perdido do qual estamos procurando atualmente está registrado no seu endereço, e estamos esperando que você seja o proprietário deste pássaro...

Uma carta dirigida geralmente aos funcionários na organização de John Smith:


Dear Sirs, / To whom it may concern, / Ladies and Gentlemen: (U.S. only)

We are conducting a survey of medical practices in this area and would like the members of your practice to help us by filling in the attached questionnaire...


Prezados senhores, / a Quem possa interessar, / Senhoras e Cavalheiros: (nos Estados Unidos somente)

Nós estamos conduzindo uma pesquisa de práticas médicas nesta área e gostaríamos que dos membros da sua prática nos ajudassem preenchendo o questionare em anexo...

Alguns pontos adicionais:


Os falantes não-nativos nem sempre sabem as convenções de iniciação de cartas em inglês, e podem omiti-los das suas cartas inteiramente, ou substituir a convenção preferencial da sua própria língua, traduzida para o inglês. Isto é geralmente tolerado, especialmente em um contexto informal, mas ainda parecerá "singular", "diferente", ou "estrangeiro" a falantes nativos. Se você estiver usando o inglês para corresponder-se com um falante não-nativo, o uso da convenção "Dear" pode ser relativamente sem importância, ou até uma fonte de confusão. Contudo, é fortemente preferível que as saudações de carta sejam usadas corretamente quando  correspondendo-se com falantes nativos; o fato que você fez esforços para aprender o uso das formalidades corretas o fará parecer-lhes mais crível.

A saudação "Dear" não é tão freqüentemente usada em correios eletrônicos como em cartas, possivelmente por causa de constrangimentos de tempo, ou porque é visto como excessivamente formal ou redundante. Contudo, ainda pode ser apropriado em certas circunstâncias, como quando haja um grau elevado de formalidade, respeito, ou amizade sendo expresso em direção ao recipiente do correio eletrônico. As horas que a consideração deve ser dada ao uso da saudação "Dear" em um email incluem:

- Pedidos ou as inquirições, em particular na correspondência formal, e em particular se a complacência do recipiente com os desejos do remetente não puderem ser garantidas - se o correio eletrônico tiver um tom mais formal e respeitoso, o recipiente, com maior probabilidade, desejarão tentar assistir o remetente de qualquer modo que eles podem. (Isto é mais um assunto da psicologia humana do que a convenção estrita, mas sem embargo pode ser útil para ter em mente.)

- Correspondência pessoal com alguém que não é bem conhecido pelo remetente, ou com pessoas mais idosas, que com maior probabilidade lerá um Correio Eletrônico como leem uma carta, e esperam que convenções semelhantes sejam seguidas.

- Correios eletrônicos a bons amigos e família, em particular se houver uma fenda na comunicação - "Dear" neste caso transportam mais tom de resseguro do que um simples "Oi", etc., que seria normalmente mais apropriado se a última comunicação fosse muito recente. 





The following may cause considerable confusion to those who are not native speakers of English:

Dear Mr Smith,

We note that despite three prior written requests, you have still not paid the sum of £2531.53 owing to us as detailed in our invoice of 2/6/2007. Failure to pay this sum in full within 7 days will result in us consulting our legal representatives with a view to taking action against you for the recovery of the sum owing. [Payment details etc follow]

Was the writer of the letter harbouring a secret affection for Mr Smith, despite his debt to their company, as the use of the word "Dear" at the start would seem to suggest? Not quite.


No, no. The other type of dear! (That's a deer by the way)
It is simply a standard convention for native English speakers to start most types of letter with the word "Dear", followed by the person's name. In this case, the word "Dear" indicates respect for the person you are writing to, and does not indicate affection as would the equivalent in Portuguese; it is used in most types of letter - letters to family members, friends, and spouses, but also in formal letters, business letters, even in communication with the government or taxman! 

Only at the extremes of the spectrum of formality are there likely to be deviations from this rule. Unfriendly letters (like letters of complaint) may start with "Sir/Madam" or simply the person's name, like "Mr Smith", omitting the "Dear" (though it is usually used even in hostile correspondence where the name of the recipient is used, as in the above example). Also, very informal letters to people you know well such as close friends, family members, etc, may start by just saying "Hi" [then the person's name or nickname].

Another construction that is occasionally used for types of business letters or letters sent, for example, to a government department, is to address the recipient by their job title, such as "Head of Planning", or "The Manager". However, this is usually considered to be a less than ideal form when actually addressing the person to whom you are writing - it may appear impolite, and is generally more appropriate as the header of the address, where the person's position, but not their name is known.


British vs American English

There is also some variation between American and British English. In British English, the "Dear" salutation is typically used when the person's name is not known or being used by the writer, even when multiple people are being addressed. In American English, multiple unnamed recipients may in formal letters be addressed as "Gentlemen", "Ladies", or "Ladies and Gentlemen", depending on gender, omitting the "Dear". Either type of salutation will be generally understood, but ideally you should use the construction that the recipient of the letter is likely to prefer, where known. 

Where the recipient of the letter is not known to the writer, the letter may also be started "To whom it may concern". Care must be taken when using this construction however, as it may be perceived as formal to the point of near-hostility, especially in British English (in American English it is at present a more standard, and therefore less problematic form). It is certainly not appropriate to use it where the name OR gender of the intended recipient is known to the writer, or when you are attempting to establish a closer relationship with the recipient. 

Where usage varies, native speaking countries outside America can generally be expected to prefer British usage, and British usage will certainly be understood in these. Therefore, when in doubt, it is probably safer to use the preferred British form of salutation when corresponding by letter with people in South Africa, Australia, Canada, etc.

It is also important to note this difference in punctuation usage between American and British English. American English prefers a colon after the salutation and the recipient's name, and it is widely considered to be bad form to use any other kind of punctuation. British English prefers a comma, and it is becoming increasingly common to use no punctuation at all (so-called "open punctuation). A typical letter might therefore begin like this:

American English

Dear Mr Smith:

Further to your recent communication...

British English 

Dear Mr Smith,

Further to your recent communication... 

Examples of usage

Here are some examples of how the "Dear" salutation may be appropriately used (or not used) with various types of letter.

Formal letter to John Smith, using surname:

Dear Mr Smith,

We thank you for subscribing to our magazine... 


Slightly less formal letter, from John Smith's employers, using first name as he is known to them personally:

Dear John,

We have calculated your travel expenses owing for this month, and will credit them to your account...


Informal letter to John Smith from his brother, who is writing from abroad:

Dear John,

I hope you're well!  So many things have happened on my travels since I last wrote, I hardly know where to begin...


Very informal postcard to John Smith from his sister, who is on holiday (the "dear" is omitted due to the informality):

Hi John, just a short note to tell you about the great time we're having....


Formal letter to John Smith using his professional title:

Dear Doctor Smith,

We are writing to confirm your place at the National Medical conference on August 21st...


Formal letter to John Smith written in a hostile or indifferent matter, therefore omitting the "Dear" salutation:

Sir / Doctor Smith,

I am writing to protest at the outrageous treatment I received recently at the hands of your employee, the nurse Jane Jones...


Formal letter to John Smith which does not use his name or sex:

Dear Sir/Madam / Dear Sir or Madam,

We have been informed that a lost racing pigeon which we are currently looking after is registered to your address, and we are hoping that you are the owner of this bird...


A letter addressed generally to the workers at John Smith's organisation:

Dear Sirs, / To whom it may concern, / Ladies and Gentlemen: (U.S. only)

We are conducting a survey of medical practices in this area and would like the members of your practice to help us by filling in the attached questionare...


A few additional points:

Non-native speakers are not always aware of the conventions for starting letters in English, and may omit them from their letters entirely, or substitute the preferred convention of their own language, translated into English. This is generally tolerated, especially in an informal context, but will still appear "quaint", "different", or  foreign to native speakers. If you are using English to correspond with a non-native speaker, use of the "Dear" convention may be relatively unimportant, or even a source of confusion. However, it is strongly preferable that letter salutations be used correctly when corresponding with native speakers; the fact that you have taken the trouble to learn the use of the correct formalities will make you seem more credible to them.

The "Dear" salutation is not so frequently used in Emails as in letters, perhaps because of time constraints, or because it is seen as excessively formal or redundant. However, it may still be appropriate in certain circumstances, such as when a greater than ordinary degree of formality, respect, or friendliness is expressed towards the Email recipient. Times when consideration should be given to the use of the "Dear" salutation in an Email include:

-  Requests or enquiries, particularly in formal correspondence, and  particularly if the compliance of the recipient with the sender's wishes cannot be guaranteed - if the email has a more formal and respectful tone, the recipient is more likely to wish to try to assist the sender in any way they can. (This is more a matter of human psychology than strict convention, but nevertheless may be useful to bear in mind.)

- Personal correspondence with a person who is not well known to the sender, or with older people, who are more likely to read an Email as they would a letter, and expect similar conventions to be followed.

- Emails to good friends and family, particularly if there has been a gap in communication - the "Dear" in this case carries a more reassuring tone than a simple "Hi", etc, which would normally be more appropriate if the last communication was very recent.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Elementos da Ação no Direito Brasileiro: Breves apontamentos / Elements of Actions in Brazilian Law: Brief Overview

Esse texto bem técnico precisou de pesquisa da minha parte para achar termos e conceitos da lei brasileira equivalentes em inglês. É constituído de breve apontamentos a respeito dos elementos da ação no direito brasileiro, que pode ajudar leitores estrangeiros interessados no sistema jurídico brasileiro, especialmente advogados ou tradutores jurídicos. Também pode ajudar estudantes do direito brasileiro ou pessoas leigas que querem saber como funciona uma petição.
 
Os elementos da ação servem para a identificação da ação, o que torna possível a prevenção da sua repetição em juízo, impossibilitando, destarte, a ocorrência da litispendência (mesma ação proposta quando outra idêntica está em curso), ou mesmo evitar a ocorrência da coisa julgada (quando a mesma ação é proposta após ter sido julgada anteriormente). Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

É importante estudar os elementos da ação porque estes se encontram entre os requisitos da petição inicial e levam ao reconhecimento dos elementos indispensáveis para evitar o indeferimento desta.

São elementos da ação: partes, pedido (mérito) e causa de pedir.

Partes

sujeito ativo -> autor

sujeito passivo -> réu

vários autores -> litisconsórcio ativo

vários réus -> litisconsórcio passivo

vários autores + vários réus -> litisconsórcio misto

Pedido

Consiste na pretensão deduzida em juízo pelo autor (ou mais tarde no processo, pelo réu).

Pode ser:

Pedido imediato: confunde-se com o Provimento solicitado. Pode ser Declaratório (Explicativo. Criado para consertar ou elucidar o que antes estava incerto ou duvidoso), Condenatório (sentença ou julgamento que condena alguém a fazer, dar, or pagar algo, ou que declara que seu pedido ou pretensões são infundadas) ou Constitutivo (cria ou modifica uma relação jurídica - há a criação de um novo estado jurídico).

Pedido mediato: Constitui o próprio bem material ou imaterial almejado. Como, por exemplo, a entrega de certo imóvel ou o recebimento de determinado crédito.

Para que haja identidade de ações, quer para fins de litispendência ou de coisa julgada, é necessário que, além da identidade das partes e da causa de pedir, tanto o pedido mediato quanto o imediato tem que ser idênticos.

Causa de pedir

Fato jurídico que ampara a pretensão deduzida em juízo, bem como seus efeitos. Em outras palavras, é a explicação do porquê se pede alguma coisa em juízo.

Por fundamento jurídico não se entende a citação de textos legais ou normativos, argumentos de doutrina ou jurisprudência (tanto é que ações sem estas citações não são ineptas). As citações são necessárias para produzir o convencimento, porém, não são obrigatórias.

A causa de pedir pode ser:

Próxima: se confunde com o fato jurídico que ampara a pretensão.

Remota: consiste nos efeitos do fato jurídico.

Para verificação da similitude de ações também é exigido que a causa de pedir próxima e remota sejam idênticas. Ações idênticas pressupõem identidade de partes, do pedido (mediato/imediato) e da causa de pedir (próxima e remota).

Toda ação dá ensejo à defesa. O princípio do contraditório ensina que ações não são unilaterais e a outra parte tem o direito de agir para se defender. Se para a propositura da ação são indispensáveis a legitimidade e o interesse de agir, o mesmo deve ocorrer com a defesa.

Tipos de defesa

Contestação: Forma mais corriqueira de defesa, o réu insurge-se contra pretensão deduzida na petição inicial (pode alegar, ainda, falta de condição da ação ou deficiência processual ou procedimental).

Reconvenção: O réu amplia o tema a ser decidido, trazendo pretensão relacionada com a deduzida pelo Autor, e a ser decidida pelo mesmo Juízo.

Nas exceções em sentido estrito (exceções que não podem ser alegadas pelo juíz) o autor alega fatos como:
Incompetência: Apenas para incompetência relativa. Não pode ser conhecida de ofício e a sua não-oposição acarreta prorrogação da competência.
 
Impediment: Em regra, as hipóteses de impedimento referem-se a uma relação interna com o processo.
 
Suspeição: refere-se a uma relação externa ao processo. É algo que afeta a imparcialidade do juiz e que encontra-se fora do processo.

As exceções são classificadas em exceção processual (deficiências no direito de ação, na relação processual ou no procedimento) e exceção substancial (voltada ao mérito da demanda). Podem ser diretas (defesa contra a própria pretensão em si) ou indiretas (alegações de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor).
 
Quanto aos efeitos as Exceções (defesas) podem ser:

Dilatórias: há simples dilação do curso do processo, como no caso de exceção de suspeição ou incompetência do juízo.

Peremptórias: busca extinguir a relação jurídico-processual, como no caso de se alegar a ocorrência de coisa julgada.




This rather technical text required some research on my part in order to find equivalent terms in English for Brazilian law terminologies and concepts. It serves as a brief overview of the elements of an action in Brazilian law, which might help foreign readers who are interested in the Brazilian legal system, particularly lawyers or legal translators; it might also assist either Brazilian law students or interested laypeople in understanding how a court action works.

The elements of actions serve to identify them, which enables repetition in judgement to be prevented, making, thus, the incidence of lis pendens impossible (when the same proposed action is identical to the current), or even to avoid the incidence of the res judicata (when the same action is proposed after it has been judged previously). An action is identical to another when it has the same parts, the same cause of action and the same request.

It is important to study the elements of an action because these are among the requisites of an initial request, and lead to the recognition of its essential elements, ensuring that the initial application is not refused.

These are the elements of an action: parties, request (merits) and cause of action.

Parties

active subject-> plaintiff

passive subject-> defendant

several plaintiffs-> coplaintiffs

several defendants-> codefendants

several plaintiffs + several defendants-> coparty

Request
 

This consists of the claim on behalf of the plaintiff, or the defendant if the action is at a later stage.

It comprises:

Immediate request: This is the law article upon which the petition is based. It can be declaratory (explanatory; designed to fix or elucidate what before was uncertain or doubtful), condemnatory (sentence or judgment which condemns someone to do, to give, or to pay something, or which declares that his claim or pretensions are unfounded) or constitutive (creates or modifies a legal relationship - a new legal status is created).

Indirect request: This constitutes the material things or immaterial things wanted. For example, the delivery of certain property or the receiving of determined credit.

For there to be identical actions, for lis pendens or for res judicata to occur, it is necessary that, besides the parts and cause of action being identical, the indirect and immediate requests are also identical.

Causes of Action


Legal fact that supports the claim being made, as well as its effects. In other words, it is the explanation for why something is requested in court.

Legal basis is not the citation of legal or prescriptive texts, arguments of doctrine or jurisprudence. Such citations are necessary to produce a conviction, though they are not compulsory (if this wasn't so, actions without such sitations would be inept).

The cause of action can be:

Near: basis of the legal fact that supports the claim.

Remote: this consists of the effects of the legal fact.

Additionally, to check whether actions are similar, it is required that the near and remote cause of action are identical. Identical actions presuppose identity of parts, of the (indirect / immediate) request and of the cause of asking (near and remote).

Any action gives opportunity to the defense. The "principle of the contradictory" teaches that actions are not unilateral and the other party has a right to act in his defense. If for the filing of the action the plaintiff's legitimacy and interest are essential, the same takes place with the defense.

Types of defense

Challenge: the most ordinary form of defense. The defendant contests the claim present in the initial application (they may also allege that the prerequisites for the commencement of legal proceedings were absent, or that procedural deficiencies occurred).

Counterclaims: The defendant expands the scope of the judgment, bringing a claim against the plaintiff, which is connected with the plaintiff's initial claim, to be decided by the same court.

To claim exceptions in a strict sense (exceptions that cannot be determined by the judge) the plaintiff alleges facts such as:

Incompetence: Only admissible for relative incompetence. Cannot be alleged by the court, and the failure of contending parties to claim it means that competence will be assumed.

Impediment: As a rule, impediments refer to an internal relation to the process.


Suspicion: this refers to a fact external to the process. It is something that affects the impartiality of the judge and that is not part of the action.


Exceptions are classified as procedural exception (there are deficiencies in the prerequisites for the commencement of legal proceedings or procedural deficiencies) and substantial exception (directed at the merit of the demand). They can be direct (defense against the claim itself) or indirect (allegations of impeditive, modificative or extintive facts against the right of the plaintiff).
 
The exceptions claimed by the defense, termed effects, can be:

Dilatory: there is simply a delay in the course of the process, as in the case of exception due to suspicion or incompetence of the judge.

Peremptory: this aims to extinguish the action, through the allegation of an exception, such as the allegation of res judicata.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

On a blossoming rosebush / Em uma frondosa roseira

On a blossoming rosebush

On a blossoming rosebush
unfurls in its thicket
a little black bud.
Beloved Maríllia
has reached out to pick it
with tender white hand.

Those leaves so verdurous
conceal in its fury
a bee's lurking shape:
You touched it, Maríllia,
with your hand so carefree,
and its sting was sharp.

And after it stung her,
Maríllia cried out and
her finger withdrew.
Love then in the herbage
was playing about and
in aid of her flew.

That trifling destruction
and blood droplet spurting
the Goddess soon knew;
so laughing and kissing
the finger so hurting,
I said thus to you - 

"If so much thou makest
of such little scratches,
Ah! give me attention:
Or what am I worth whose
own death wounds and heartaches
rouse not thy compassion?"


Translated from: Tomás Antônio Gonzaga 1744 – c. 1810

I tried to keep as much of the light, jaunty verse movement of the original poem as possible with this translation. I think it helps to preserve the bittersweet, ironic tone of the poem - the poet's cheerful,  lighthearted mockery of his beloved's overreaction to the sting appears underpinned by a deep, brooding resentment at her neglect of him.

It's worth noting that this poet was writing according to the conventions of the Pastoral poetry of his time. "Love" and "The Goddess" are used interchangeably in this poem to represent both the personification of love by reference to the Roman goddess of love, Venus, and his own experience of feeling love. To try to reduce either usage to a single discrete meaning will more likely hinder the reader's understanding of the poem than add to it.

Gonzaga is one of the better known and most significant Brazilian poets of the second half of the 18th century. So far as I know, this is the first time this poem has been translated into English.

Many thanks to Livia for helping with my interpretation of this poem!

  


Eu tentei manter o máximo do movimento leve e alegre do poema original com essa tradução. Eu acho que ajuda apreservar o tom agridoce e irônico do poema; a zombaria jovial e sem preocupações da reação exagerada de sua amada ao ser picada parece corroborar o resentimento profundo e aborrecido ante à negligência dela perante ele. 

Vale notar que este poeta estava escrevendo de acordo com as convenções da poesia pastoral de seu tempo. "Amor" e "A Deusa" são usados ​​alternadamente neste poema para representar tanto a personificação do amor por referência à deusa romana do amor, Vênus, e de sua própria experiência do sentimento amor. Para tentar reduzir os dois usos em um único e discreto significado provavelmente vai dificultar a compreensão do leitor do poema em vez de ajudar.

Gonzaga é um dos poetas mais conhecidos e mais importantes brasileiros da segunda metade do século 18. Até onde eu sei, esta é a primeira vez que este poema foi traduzido para o Inglês.

Muito obrigado a Lívia pela ajudar com a minha interpretação deste poema (e a tradução dessa parte)!

Lira XX

Em uma frondosa
Roseira se abria
Um negro botão.
Marília adorada
O pé lhe torcia
Com a branca mão.

Nas folhas viçosas
A abelha enraivada
O corpo escondeu.
Tocou-lhe Marília,
Na mão descuidada
A fera mordeu.

Apenas lhe morde,
Marília gritando,
C'o dedo fugiu.
Amor, que no bosque
Estava brincando,
Aos ais acudiu.

Mal viu a rotura,
E o sangue espargido,
Que a Deusa mostrou;
Risonho beijando
O dedo ofendido,
Assim lhe falou:

"Se tu por não tão pouco
"O pranto desatas,
"Ah! dá-me atenção;
"E como daquele,
"Que feres, e matas,
"Não tens compaixão?" 


Tomás Antônio Gonzaga 1744 – c. 1810