The Leaf
There was once a fine old
oak tree that stood on the edge of a park. It was spring, and the
leaves, which had just come out of their buds after the long cold
winter, were bursting with life and freshness, and the joys of
spring. But one leaf on this tree was not happy like the others.
For beside the old oak tree was a small tree with leaves that were a
beautiful coppery red which turned into pink jets of flame when the
sun shone through them, quite unlike the green of the other trees in
the park. The people who walked through often stopped to admire this
tree for the colour of the leaves, and paid scant attention to the
old oak tree, except to rest in its shade and sometimes to carve
their names in the thick old trunk. The leaf thought the leaves on
the other tree were far more beautiful and splendid than those around
her, and spent many hours gazing longingly at them, wishing she could
be the same colour.
One day Old Father Tree
noticed how she gazed upon the other tree, and said to her, “Why be
so jealous? You are one of many healthy young leaves on the finest
and strongest tree in this park. True, the leaves on the other tree
are very rare and beautiful, but they are just leaves the same as
you. Here you have a fine big family, and many others just like
yourself to play with and talk to. Will this not make you happy?”
The leaf trembled at these
words, for it was the first time Old Father Tree had spoken to her.
But she replied “There are many leaves on this tree, but they all
look the same as myself, and no-one notices me or them, for we are
just green leaves like any other. But if I was pink like the leaves
over there, I would stand out from those around me, and maybe when
people looked up they would admire me from among all the other
leaves, as they admire that tree from all the trees in the park.”
The old tree sighed at
this, and said in sorrow, “Perhaps one day you will be the same
colour as the leaves you so admire. But if that day comes, I can
tell you now that it will not bring you the happiness you expect.”
At this the leaf smiled
secretly to herself, for she was sure that the old tree was wrong.
But she said not another word.
And the days and weeks
passed, and still the leaf was not happy like the others around her.
And when they danced in the breeze, she did not dance with them, but
kept herself quite still and stiff. And when they rustled lovingly
together and whispered to one another, she did not rustle with them,
but held herself apart. And when the cool fresh rain fell, she hid
beneath a branch, and did not bathe in it. And when they spread
themselves out beneath the warmth of the sun, she still felt cold,
and had no joy of it. For, she thought, these things are all very
well, but I am still the same old green. Until I am pink as I wish
to be I can never have any joy of them.
A Folha
Havia uma vez um carvalho belo e antigo que ficava no canto de um parque. Era primavera, e as folhas, que acabaram de sair de seus botões depois de um inverno frio e longo, estavam estourando com vida e frescor e as alegrias da primavera. Mas uma folha nessa árvore não estava feliz como as outras. Isso porque do lado do carvalho tinha uma pequena árvore com folhas vermelho-acobreadas que se transformavam em jatos de fogo rosados quando o sol brilhava nelas, bem distintamente do verde das outras árvores do parque. As pessoas que andavam pelo parque frequentemente paravam para admirar essa árvore por causa da cor de suas folhas, e prestavam pouca atenção ao velho carvalho, exceto para descansar em sua sombra ou talhar seus nomes em seu grosso tronco. A folha achou que as folhas na outra árvore eram muito mais lindas e esplêndidas do que as localizadas ao seu redor, e passava muitas horas olhando para elas com ânsia, desejando que fosse da mesma cor.
Um dia o velho pai árvore notou como ela olhava para a outra árvore e disse para ela:
- Por que tão invejosa? Você é uma dentre um monte de folhas jovens e saudáveis na mais bela e forte árvore nesse parque. É verdade que as folhas na outra árvore são muito raras e lindas, mas são somente folhas, igual a você. Aqui você tem uma bela e grande família, e muitos outros iguais a você para brincar e conversar. Isso não te faz feliz?
A folha tremeu ao ouvir essas palavras, pois foi a primeira vez que o velho pai árvore falou com ela. Mas ela respondeu:
- Tem muitas folhas nessa árvore, mas todas parecem comigo, e ninguém nos percebe, eis que somos apenas folhas verdes como todas as outras. Mas se eu fosse rosa como as folhas dali, eu iria aparecer mais que as folhas ao redor de mim, e talvez quando as pessoas olhassem para cima elas iriam me admirar mais do que as outras, porque admiram aquela árvore dentre todas as outras do parque.
O velho pai árvore suspirou ao ouvir isso e disse com tristeza:
- Talves um dia você será da mesma cor das folhas que você admira tanto. Mas se esse dia chegar, eu posso te dizer agora que você não sentirá a felicidade que espera.
Isso fez com que a folha sorrisse secretamente para si, porque estava certa que o velho pai árvore estava errado. Mas não disse mais nada.
E os dias e as semanas se passaram, e ainda a folha não estava feliz como as outras ao seu redor. E quando elas dançavam na briza, ela não dançava com elas, mas se mantinha bem firme e parada. E quando elas encostavam umas nas outras com amor e sussurravam entre elas, ela não fazia o mesmo e se mantinha sozinha. E quando a chuva fresca caiu, ela se escondeu em baixo de um galho e não se banhou. E quando elas se espalharam em baixo do sol morno ela ainda sentia frio e não sentia qualquer alegria. Isso porque, ela pensou, essas coisas são boas, mas eu continuo verde do mesmo jeito. Até que ficasse rosa como queria, nunca seria feliz.
Credits: story by Hrothgar and translation into Portuguese by Livia.
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